O Núcleo Estadual de Políticas Sobre Drogas (NEPSD), em parceria com a Polícia Penal do Paraná (PPPR), iniciou nesta sexta-feira (12), a segunda edição do Projeto Vida Nova. Criado pelo NEPSD, o programa tem como objetivo abordar de maneira integral e reflexiva a questão do uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas, bem como o aliciamento pelo tráfico. O projeto tem duração de quatro semanas e terá a participação de 33 mulheres privadas de liberdade. 

Por meio de uma variedade de atividades, incluindo palestras, rodas de conversa e formação de grupos de ajuda, as participantes vão trabalhar três temas diferentes, preparando as mulheres para uma profunda e ampla reflexão desde os direitos das mulheres na política sobre drogas até estratégias de enfrentamento e prevenção.

O delegado de polícia e coordenador do Núcleo Estadual de Políticas Sobre Drogas (NEPSD), Renato Bastos Figueiroa, destaca que o principal objetivo é trabalhar a autoestima das mulheres: “Nós queremos incentivar a autoestima das participantes, para que elas possam tomar decisões mais conscientes e saudáveis em relação ao seu próprio bem-estar, obtendo autonomia nas próprias escolhas e desviando-se da vida criminosa”, explicou Figueiroa.

A policial penal e assessora do NEPSD, Renata Himovski Torres, ressalta que os 12 passos da Pastoral da Sobriedade proporcionam ferramentas para que as mulheres possam analisar as razões que as levaram à privação de liberdade e detectar possíveis situações de risco no futuro. “O foco é prepará-las ainda mais para a vida em liberdade, já que estão em fase final de cumprimento de pena”, explica Renata.

“A cada passo, a gente percebe uma mudança significativa no comportamento de cada uma delas. Conseguimos perceber na primeira turma, que elas começaram a repensar bastante até mesmo as atitudes de convívio e sociabilidade”, destaca a diretora do Centro de Integração Social (CIS), Marilu Katia da Costa.

A vice-diretora do CIS, Kassia de Quadros, compartilha a gratificação que sente ao contribuir para uma vida melhor no futuro das custodiadas da unidade: “A maioria delas são meninas que não tem o conhecimento e as oportunidades, então ver um projeto desse porte impactando positivamente a vida delas é ver o resultado do esforço que temos para tratá-las com individualidade e com dignidade”.
 

Assista material completo da 1º edição do Projeto: "Vida Nova", clicando aqui.

Fonte: Secretaria de Estado da Segurança Pública